Olá, Esse é o blog da nossa turma, um lugar para compartilhar nossas idéias e descobertas em Educação, Comunicação e Tecnologia. Um lugar em que podemos estar juntos virtualmente, aproveitando as oportunidades que o ciberespaço nos oferece para co-participarmos das aprendizagens uns dos outros, do proceso de co-criação e da construção coletiva do conhecimento.

terça-feira, maio 15, 2007

Teachertube

Chega à rede o TeacherTube
08/05/2007 16h22

O site de compartilhamento de vídeos YouTube tornou-se recentemente a coqueluche da internet, com milhares de arquivos acessados diariamente por pessoas do mundo todo. Eis que agora surge a versão para professores, o TeacherTube.
Na rede há pouco mais de dois meses, o site armazena gratuitamente vídeos com foco educacional, para que possam servir de apoio às atividades desenvolvidas com os alunos, ajudar nos planos de aula e contribuir para a troca de informações entre os professores, com a criação de uma comunidade on-line.
Os vídeos disponíveis e os grupos de discussão ainda são todos em inglês. Quem quiser conhecer o TeacherTube, basta acessar www.teachertube.com

segunda-feira, maio 07, 2007

Aula de Educação e Comunicação - 02-05-2007

A historicidade de algumas das diversas teorias da comunicação foi o tema discutido, no último dia dois de maio, durante a aula de Educação e Comunicação, integrante do programa do Mestrado em Educação da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC. Com base nas reflexões de Venício A. de Lima, autor do livro Mídia: Teoria e Política, os estudantes discutiram as várias concepções epistemológicas acerca do fazer comunicativo. Para mobilizar o debate, a professora Dra. Ademilde Sartori, iniciou a aula com uma explanação geral sobre o texto e, em seguida, entregou à classe um roteiro sistemático dos modelos teóricos comunicacionais afim de que as análises fossem verticalizadas. A partir de então, todos se envolveram nas discussões e procuraram identificar ao longo de seu cotidiano as formas como algumas dessas teorias foram – ou estão sendo – consolidadas. Além disso, mesmo não tendo sido lido anteriormente o livro supracitado, todos colaboraram com as discussões, expressando comentários referenciados em bibliografias diversas. Finalizando este encontro, foram feitos encaminhamentos práticos sobre as leituras necessárias para as próximas aulas.

Fernando

quarta-feira, maio 02, 2007

Aula do dia 25/04

Olá pessoal,

infelizmente tive que me ausentar mais cedo da aula passada, no entanto, foi com pesar que o fiz, haja vista que a discussão estava muito boa, com o aprofundamento de questões importantes para o conhecimento teórico acerca da educação e comunicação.

Aula do dia 24/04

OLá pessoal,
No último encontro não pude comparecer na aula, pois minha irmã está hospitalizada, isso para dizer que o blog nos auxilia para ficarmos informados dos acontecimentos das aulas, não é mesmo?
Assim, fiquei muito chateada de não ter ido no dia 24/04, acredito ter perdido um debate ótimo.
Os temas geram polêmicas interessantes...mas vamos lá....
beijos
Silvana

Resumo - Educação e Comunicação - 25/04/2007

Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC
Programa de Pós-graduação em Educação
Mestrado em Educação
Linha de Pesquisa Educação, Comunicação e Tecnologia
Disciplina: Educação e Comunicação
Professora: Ademilde Sartori


A reflexão sobre o que é interatividade foi o mote reflexivo, do último dia vinte e cinco de abril, na disciplina Educação e Comunicação, integrante do programa do Mestrado em Educação da Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC. A partir do texto intitulado O que é Interatividade, de autoria de Marco Silva, os estudantes discutiram as diversas idéias que se imbricam em tal conceituação. Inicialmente, a professora Dra. Ademilde Sartori, convidou a todos para falarem sobre as suas impressões acerca do texto, salientando os pontos que consideraram interessantes e/ou aqueles em desacordo com o que entendem pelo termo aludido. Neste momento, todos compartilharam seus entendimentos sobre a idéia em questão, o que incentivou a dinamização e uma saudável troca de conhecimentos. Ao longo do debate, todos concordaram que o termo interatividade possui uma enorme quantidade de conceituações. Todavia, ficou acordado entre todos que sua pedra basilar está assentada na possibilidade de co-autoria, bidirecionalidade e hibridação dos conteúdos que se congregam em uma mensagem. Assim, a interatividade não se resume apenas a uma dimensão operacional da relação que estabelecemos com as tecnologias, mas também as diversas potencialidades que elas trazem à dinâmica das relações que estabelecêssemos com nossos pares. Paralelo a isso, foi desenvolvida uma breve discussão sobre dois movimentos que se preocupam em analisar as inter-relações entre educação e comunicação: educomunicação e educomídia. Ao final, a aula foi encerrada com sugestões de leituras para o encontro seguinte.

minhas considerações

Na sociedade contemporânea nossas realções com o mundo e com os outros estão cada vez mais mediadas por recursos tecnológicos em todas as intâncias.Mas, como pensar em rede? no ciberespaço onde a particpação do aluno deve ser de um sujeito que seja capaz de completar idéias e aprender de forma colaborativa através do diálogo?
os avanços rápidos no campo das tecnologias trouxeram muitas novidades, mas nem tudo o que é novo é necessário, útil.
Paulo Freire falava sobre um projeto educacional que visava o fim da opressão, das desiguldades sociais. considerava a comunicação como elemento fundamental para trnasformar seres humanos em sujeitos e certamente continuaria defendendo o uso das tecnologias de forma que incluisse a todos em espaços que favorecessem a autonomia e a educação libertadora.

abraços,

Soeli

INVASAO CULTURAL & ECOSSISTEMAS

Olá Colegas!

Quero iniciar rebatendo uma colocação da Lídia que fala que Freire é o primeiro a falar de invasão cultural. A invasão cultural é um tema antropológico primordial. Posso estar falando bobagem, mas a carta escrita pelo chefe Seattle, da tribo Suwamish (Washington) em 1855, em resposta ao interesse do governo americano em comprar terras indígenas é, para mim, um tratado sobre invasão cultural. Transcrevo um trecho terrivelmente atual:

“Não há lugares calmos nas cidades dos homens brancos. Nenhum lugar para se ouvir as folhas da primavera ou o ruído das asas dos insetos. Talvez eu seja um selvagem e não compreenda – mas o barulho apenas insulta meus ouvidos. E o que é a vida lá, se um homem não pode ouvir o belo canto do rouxinolou as conversas noturnas dos sapos em volta do lago? O índio prefere o som suave do vento escorrendo na face da lagoa, o cheiro do vento lavado por uma chuva de meio-dia e perfumado pelos pinheiros. O ar é precioso para o índio. Todas as coisas repartem o mesmo ar: os animais, as árvores, o homem. O homem branco prefere não levar em conta o ar que respira. Como um homem morrendo há vários dias, ele está entorpecido para o perfume. Se todos os animais e árvores desaparecessem, o homem morreria de grande solidão de espírito, porque seja o que for que aconteça aos animais e às plantas, acontecerá também ao homem. Todas as coisas estão ligadas. O que suceder à terra, sucederá também com os filhos da terra.”

Este é apenas um trecho que, casualmente, foi publicado este mês em uma revista que recebi.

Mantendo o tema indígena, podemos lembrar da experiência das rádios bolivianas como um bom exemplo do fortalecimento das culturas locais para a resistência à invasão cultural. Mantendo a autonomia do povo autóctone, sua cultura, sua língua, sua espiritualidade, sua dignidade e culminando com a eleição de um presidente de sua raça – Evo Moralles. Na América Latina gostaria de destacar o trabalho de Mário Kaplún, com seu premiado programa de rádio Jurado 13, exibido por mais de 600 emissoras entre 1971 e 1972. Um programa voltado para a discussão de temas populares. Também é deste comunicador o método do cassete-forúm, que utizava fitas cassete para para promover a comunicação dialógica entre os camponeses e populares. Esta prática de comunicação de Kaplún foi inspirada em Freinet e Freire.

E aqui chegamos no ponto para a relação destas experiências com o blog. Creio que, na perspectiva de Freire, o potencial dialógico do blog, onde se encontra implícita também sua crítica, alcançaria sua expressão máxima se a este recurso pudessem ter acesso todos os índios americanos para, com ele, reforçarem mais ainda sua cultura – resistindo à pressão da invasão cultural e se apropriando de um novo recurso tecnológico.

A pergunta é: isso é possível?
Melhor: da forma como atualmente utilizamos estes recursos tecnológicos hoje, seria possível que TOD@S tivessem acesso ao Blog?

Penso que esta seria uma boa pergunta para ser verbalizada por Paulo Freire. Sua teoria da comunicação inspirou o sonho de emancipação cultural através da apropriação dos meios de comunicação de massa – no caso boliviano o rádio. Neste tipo de meio, a forma de expandir a comunicação dialógica é da relação particular com a máquina em direção ao coletivo. Talvez Freire pudesse enxergar hoje, que a forma como utilizamos as NTCI’s é um fator que trava esta apropriação pelas culturas mais despojadas. O blog e outras tecnologias se configuram atualmente como uma relação dialógica do particular com sua máquina até outra máquina e outro particular. Mudando esta relação talvez seu potencial se expandiria numa relação coletivo – máquina – máquina – coletivo. Seria o momento de passar do Personal Computer para o Coletive Computer ou Comunitary Computer como forma de transmutar o Blog em um meio mais acessível e, desta forma, ampliar ainda mais o potencial dialógico deste e de outros recursos tecnológico presentes na internet.

Partindo daqui em uma nova ligação (link), nos conectamos aos ecossistemas de comunicação. Pelo que entendi, este conceito diz respeito a criação de comunidades de relacionamento mediadas por NTCI’s, onde os indivíduos desenvolvem uma nova forma de narrar suas histórias, operando os meios. Sua noção está relacionada com conceito da biologia. Neste caso seria interessante importar, também deste campo, a idéia de sustentabilidade. Então, como se poderia formar um ecossistema de comunicação sustentável? Acho que poderíamos iniciar com a idéia de um Comunitary Computer. Uma certa feita em um evento ambiental o palestrante definiu um critério para saber se as pessoas são consumistas ou não: antes de comprar prgunte-se se seria possível que todo habitante do planeta tivesse este bem. Se a resposta for sim, você não está sendo consumista. Claro que é uma afirmação extrema, mas poderíamos nos perguntar: é possível que todos os habitantes do planeta tenham um Personal Computer? Se estamos pensando com a lógica inclusiva de Freire, acho que precisamos incluir TOD@S. Então, para a sutentabilidade de um ecossistema comunicativo, numa perspectiva Freiriana, podemos pensar como boa estratégia o uso coletivo das NTCI’s. Ou seja, é necessário desmistificar o acesso dos grupos aos meios e também sua tradicional forma de utilização individual, para que a inclusão digital efetivamente seja possível. Do contrário, se quisermos ser freirianos, teremos que abandonar o Blog e retornar ao rádio.

Divagações para polemizar mais um pouco.

Local de fala: por falta de acesso via ADSL e também de recursos para “pagar” NTCI’s mais sofisticadas, encontro-me atualmente sem acesso domiciliar à WEB. Isso me torna meio intempestivo nas respostas. Esta aqui eu redigi em casa a partir da leitura do conteúdo do Blog de 26/04 – desculpem o atraso.