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terça-feira, junho 03, 2008

Nova licitação de laptop educacional sai em 90 dias

Computação
Entrevista: Nova licitação de laptop educacional sai em 90 dias, diz Álvares
http://wnews.uol.com.br/site/noticias/materia_especial.php?id_secao=17&id_conteudo=647&id_coluna=5

Larissa Januário - 03/06/2008 - 15:38
Depois de suspenso no final do ano passado, o leilão do governo federal para a compra de 150 mil laptops educacionais deverá acontecer dentro de aproximadamente 90 dias. Um novo edital está sendo elaborado com mudanças na forma de entrega e manutenção dos equipamentos para que haja uma redução no custo das máquinas. A informação foi dada pelo assessor da presidência da República, Cezar Álvarez, ao WNews. Ele comentou sobre o novo pregão, a instalação de telecentros em todas cidades do Brasil e outras iniciativas para que mais brasileiros entrem no mundo digital. Confira a seguir trechos desta entrevista:
Como está o projeto Um Computador Por Aluno?Cezar Álvares (CA) - Na semana passada realizamos no Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) uma audiência pública onde foi apresentado o que virá a ser o novo edital para a escolha do fornecedor dos 150 mil computadores móveis educacionais. Na ocasião estiveram presentes representantes do mercado e pudemos ouvir criticas e sugestões das empresas para compor o novo edital que terá a contribuição da FGV (Fundação Getúlio Vargas).
Quando ocorrerá o novo leilão?CA - Já está aberto o processo para criação do novo edital. A proposta será divulgada e o MEC (Ministério de Cultura e Educação) vai realizar uma nova licitação. A previsão é de que o pregão seja realizado dentro de aproximadamente 90 dias.
Que mudanças esse novo edital traz? CA - Estamos avaliando pontos como a mudança no prazo de entrega dos produtos, tempo de garantia e duração da bateria. A configuração do equipamento não deve sofrer grandes alterações, no máximo um aumento na capacidade da memória RAM. Estamos planejando mudanças na parte de logística e assistência técnica. Para se ter uma idéia, cada ano fornecido de assistência técnica pelo fabricante corresponde a até 7% do valor do produto. Se reduzirmos o prazo, conseguiremos baixar o preço do laptop. Mas também não podemos diminuir muito, já que essa é uma iniciativa nova e não podemos prever como será o funcionamento do produto.
Qual a expectativa do governo em relação ao preço?CA - O preço de US$ 100 obviamente não é uma realidade. É uma estratégia de mercado futuro. O próprio Nicholas Negroponte, pai dessa iniciativa na OLPC (One Lap Top per Child), já fala de um custo de US$ 180, mas isso na fábrica. Nossa expectativa é ter preço mais baixo possível e menos dos R$ 630 alcançados na primeira licitação, suspensa no final do ano passado.
Quais os outros principais projetos do governo federal para inclusão digital?CA - Atualmente a função da presidência da República é a de um agente facilitador dos projetos em andamento nas diferentes áreas. Um exemplo é o Ministério das Comunicações que iniciou em 2007 a implantação de um telecentro em cada um dos 5,6 mil municípios brasileiros.
Segundo levantamento de Ministério de Planejamento, isso significa duplicar os pontos de acesso público à Web no País. Esse projeto, que já tem cerca de 80% de cobertura, significou um salto de 2,70 mil para 12 mil conexões em banda larga para equipamentos públicos em lugares remotos, como zonas rurais. Essa iniciativa está levando acesso para escolas, bibliotecas e prefeituras.
Como funciona hoje a relação da população com os telecentros?CA - Estamos trabalhando numa política de apoio para pontos públicos de acesso. Tanto os gratuitos quanto os pagos. Segundo dados de mercado que coletamos e cruzamos, do volume total de conexão à Internet nos últimos 12 meses no Brasil, apenas 6% foram em telecentros, enquanto mais de 30% foram nas chamadas lan houses.
O que queremos é criar uma política de apoio e regulamentação para estes estabelecimentos comerciais que têm se proliferado pelo País com a popularização dos computadores. Estamos traçando uma radiografia desse segmento, mapeando essas pequenas empresas com a ajuda da FGV para incentivar o acesso.
Além dos pontos públicos de acesso, em que outras áreas o governo vem atuando?CA - Outra iniciativa é a preparação dos laboratórios de informática do ProInfo (Programa Nacional de Informática na Educação), que vem sendo implantado pelo MECnas escolas do ensino fundamental. Por meio do Gesac (Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão), o governo viabilizou a banda nessas instituições.

Como está o programa que obriga as operadoras fixas a levarem banda larga aos municípios?CA - Há dois meses foi assinado também o acordo com as operadoras de telefonia fixa e Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) para a troca das obrigações no Plano Geral de Metas. Isso significa que as prestadoras terão de levar infra-estrutura de banda larga para todos os municípios do Brasil até 2010, sendo 40% deles deverão ser atendidos já em 2008.
De que forma será a democratização do acesso da população à Internet nestes locais?CA - Essa é outra discussão. Não existirá um serviço público de acesso gratuito à banda larga. O objetivo é que as operadoras levem a infra-estrutura e que outras empresas usem, comprem e contratem esses recursos das teles para oferecer o serviço nestas regiões. Não precisa necessariamente ser um provedor de acesso, podem ser novas empresas que ofereçam um serviço que necessite de conexão veloz. Computação